As cidades mais inteligentes do mundo

A IESE Business School montou o "Cities in Motion Index", um índice que mede o grau de "inteligência" das cidades mais importantes do mundo. Segundo o estudo, Tóquio, Londres e Nova Iorque lideram o ranking, somando as pontuações mais altas em um conjunto das dez dimensões: economia, meio-ambiente, abertura internacional, coesão social, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, mobilidade e transporte, capital humano e governança. 

Com os dados coletados, os pesquisadores ainda categorizaram as cidades consideradas em quatro grupo distintos:

Cidades de alto potencial: são aquelas que demostraram uma rápida taxa de progresso, mesmo tendo partido de uma posição inicial relativamente baixa. Nessa primeira categoria, encontram-se capitais da América Latina, inclusive Rio de Janeiro, Buenos Aires, Lima, e cidades asiáticas como Shanghai ou Guangzhou.

Cidades Desafiadoras  ("Challenger"): Beijing, Toronto e Barcelona foram inclusas nesse grupo. Essas cidades obtiveram uma taxa rápida de melhoria e já se encontravam na mais alta zona do ranking. De todas, Barcelona é a cidade que mais progrediu, subindo no ranking da posição 63 a 51 em apenas dois anos.

Cidades Vulneráveis: Essas cidades possuem processo de melhorias mais lento e se encontram em uma média-baixa posição no ranking total. A categoria inclui Caracas, Cairo, Atenas, Moscou e Lisboa, entre outras. 

Cidades consolidadas: O último grupo reúne as cidades consolidadas, tais como Nova Iorque, Paris, Londres , Oslo, Toquio e Seoul. Elas estão em posições médias a altas no ranking, porém suas taxas de progresso tem permanecido relativamente baixas.

Além de avaliar cidades individuais, o "Cities in Motion Index" permitiu aos pesquisadores tirarem algumas conclusões sobre o progresso urbano. Em primeiro lugar, conclui-se que não existe um modelo único de sucesso. Mesmo que as cidades mais inteligentes apresentem características similares, uma mesma estratégia não funciona em todos os lugares. 

Outra conclusão tirada do estudo é a de que não basta avaliar uma só dimensão. Algumas cidades lideram em alguns aspectos, mas não atingem o mínimo aceitável no conjunto total de critérios. É importantíssmo analisar os critérios examinados em profundidade e entender como eles podem estar correlacionados. 

Finalmente, mudanças tomam tempo. Uma análise temporal indicou que, ano a ano, cidades não obtinham mudanças significantes em sua posição no ranking. Grande projetos geralmente demoram para causarem impacto significativo. Por esse motivo, cidades que desejam tornar-se mais sustentáveis e inteligentes devem adotar políticas públicas a longo prazo o quanto antes.

O objetivo global deve ser o desenvolvimento de espaços urbanos onde indivíduos possam viver e efetuar suas atividades diárias com o maior número de oportunidades e maior probabilidade de sucesso, em um ambiente criativo, e socialmente responsável. Cidades devem trabalhar para criar espaços mais atrativos e gerar vidas mais saudáveis  e prósperas para todos os cidadãos. 

Cidades inteligentes e sustentabilidade serão assuntos abordados na Urban Tec Brasil 2015—Soluções inteligentes para cidades melhores, uma conferência que reunirá, durante dois dias, especialistas internacionais para discutir temas de inovação urbana. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Garanta a sua. 

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fonte: http://www.theguardian.com/sustainable-business/blog/cities-index-london...