Na última terça-feira, 22 de julho, a Força de Submarinos do Brasil comemorou seu centenário em cerimônia militar, na base localizada na ilha de Mocanguê, Niterói. A solenidade contou com a participação do ministro da Defesa, embaixador Celso Amorim, do comandante da Marinha, Almirante Julio Soares de Moura Neto, do ex-ministro de Marinha, Alfredo Karam, do presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal, do diretor da FGV Projetos, Cesar Cunha Campos, do professor Irapoan Cavalcanti, além de autoridades militares da América Latina, Europa e Ásia. 

A solenidade marcou também o lançamento do Livro Comemorativo dos 100 anos da Força de Submarinos, trabalho desenvolvido pela FGV Projetos. Durante a cerimônia, o presidente Carlos Ivan ressaltou o privilégio em participar da iniciativa, que celebra a parceria de longa data entre a FGV e a Marinha do Brasil. Em seu discurso, afirmou: “a Marinha brasileira, ao comemorar os 100 anos de sua Força de Submarinos, também se prepara para um dos mais importantes projetos de inovação tecnológica na história desse país. Um projeto levado há muitos anos com persistência, constância e tenacidade – trabalho de milhares de pessoas. Quem ler este livro vai ver que provavelmente no Brasil, uma das poucas, senão a única, instituição capaz de levar a cabo, a bom termo, um projeto da envergadura como o do submarino nuclear e todo o desenvolvimento tecnológico por trás, teria de ser a Marinha do Brasil”. Ele agradeceu ainda a oportunidade de a FGV ter colaborado na realização do livro: “nossa maior colaboração é contar bem uma belíssima história”, ressaltou.

O comandante da Força de Submarinos, Marcos Sampaio Olsen, também destacou a importância do trabalho da FGV e revelou a organização editorial do livro, dividida em sete capítulos. “Os dois primeiros tratam da tradição marítima do país, ou seja, da criação e do desenvolvimento da Marinha do Brasil. No terceiro capítulo, mergulhamos diretamente no tema, tratando do histórico dos submarinos no mundo para chegar às primeiras experiências brasileiras, na virada do século XX. O capítulo seguinte é dedicado à criação e ao desenvolvimento da Força de Submarinos, que nasce em 1914 como Flotilha de Submersíveis. A aquisição de submarinos demandou outras atividades e, sobretudo, muito conhecimento específico e tangencial. O capítulo cinco, portanto, é dedicado ao tema da formação, desde seu desenvolvimento até chegar à estrutura hoje existente, produzida unicamente por brasileiros. O sexto capítulo trata especificamente do Programa de Desenvolvimento de Submarinos, que já transforma a Marinha, preparando-a para a construção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear. Finalmente, o último capítulo aponta para o futuro, já iniciado no âmbito da Força de Submarinos, que vive às voltas com uma intensa rotina de repensar o preparo e emprego de seus meios”, explicou o comandante.

Reunindo extensa pesquisa documental e iconográfica, o livro, que narra uma história que atravessou o século XX – e, com ele, as intensas transformações do cenário geopolítico mundial –, é resultado de uma intensa troca de experiências e conhecimentos entre as duas instituições que têm como missão atuar em prol do desenvolvimento socioeconômico do país. 

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