Estudo produzido pela FGV Projetos é destaque no jornal Financial Times

A FGV Projetos realizou um estudo inédito sobre o perfil da competitividade brasileira, reproduzido no jornal inglês Financial Times, em caderno especial de 26/03/2015. O Financial Times tem distribuição para mais de 1 milhão de pessoas no mundo.

O estudo conduzido pela FGV Projetos considerou a análise de 14 dimensões que impactam diretamente a competitividade do país, tais como educação, saúde, infraestrutura, inovação, mercados, agricultura e recursos naturais. No total, 224 indicadores foram analisados, de forma a gerar um mapa de competitividade dos 558 microrregiões brasileiras. Além disso, o relatório também inclui uma análise da vulnerabilidade à taxa de câmbio e da carga fiscal dos 56 setores da economia brasileira. Confira alguns resultados:

  • Há uma desigualdade regional no Brasil, em termos de competitividade.
     
  • As 14 dimensões consideradas para analisar a competitividade das regiões brasileiras, foram: "Ensino Fundamental", "Ensino Superior e Técnico", "Infraestrutura Social", "Saúde", "Desempenho do Setor Público", "Logística", "Sofisticação do Negócio", "Inovação", "Tamanho do Mercado", "Bens de Mercado", "Mercado de Trabalho", "Recursos Energéticos" e “Agricultura e Recursos Extrativistas".
     
  • Os setores “Produtos Eletrônicos e de Comunicação” e “Tabaco” são os setores mais vulneráveis à variação cambial na economia brasileira.
     
  • Sobre “Ensino Fundamental”, o estudo mostrou que 40% das escolas municipais mais qualificadas estão em Minas Gerais. Um de seus municípios, Tocos do Moji, que, apesar de estar na 3.784ª colocação em renda per capita no país, ocupa a 13ª colocação em qualidade do ensino.
     
  • A cidade de São Paulo ocupou a 1ª colocação no ranking dos municípios mais competitivos, tendo se destacado pelo eixo “Capital Humano” que levou em consideração as variáveis “Ensino Fundamental” e “Ensino Superior e Técnico".
     
  • As disparidades sociais são geralmente mais elevadas nos Estados mais pobres, mas Brasília liderou o ranking, apontando uma renda econômica do topo da pirâmide 22 vezes maior que a renda da base. Nos outros Estados, a média ficou entre 16 a 19 vezes.
     
  • O Brasil também apresenta um fenômeno denominado nem-nem (nem inserido no mercado de trabalho, nem em escolas). As 5 microrregiões localizadas no Norte e Nordeste do país que apresentaram os piores índices foram Traipu (AL), Rio Negro (AM), Serrana do Sertão Alagoano (AL), Itapecuru Mirim (MA) e Nordeste de Roraima (RR)